Livro reúne trabalhos do II Congresso Humanitas da PUCPR

A PUCPRESS acaba de publicar o livro “As humanidades em tempo de pós-verdade”. A obra, organizada por Rudolf Von Sinner, Etiane Caloy Bovkalovski e Geovani Viola Moretto Mendes, é uma coletânea de textos apresentados no II Congresso Humanitas da PUCPR, além de uma seleção de capítulos sugeridos pelas coordenações dos eventos integrados e, eventualmente, escolhidos pelos organizadores.

O II Congresso Humanitas foi realizado, entre os dias 5 e 7 de outubro de 2021, pela Escola de Educação e Humanidades da Universidade e pelo Instituto Ciência e Fé da PUCPR. Foram 12 eventos simultâneos que reuniram pesquisadores de diferentes vertentes das humanidades em torno do tema da pós-verdade.

As eleições nos Estados Unidos em 2016, no Brasil em 2018, bem como as notícias sobre a pandemia no novo coronavírus, e as fake news relacionadas a estes e outros tantos assuntos reforçaram a percepção e a necessidade de falar sobre as humanidades em tempos de pós-verdade.

Cartaz de divulgação do II Congresso Humanitas da PUCPR

Para Waldemiro Gremski, reitor da PUCPR na ocasião do II Congresso, o livro “pretende enfrentar um dos problemas mais sérios da humanidade. Todos esperamos propostas transformadoras, para que a educação abrace e cumpra o seu papel nesse enorme desafio.”

Ericson Falabretti, decano da Escola de Educação e Humanidade em 2021, enfatiza que a obra contribui “para sairmos das sombras de um mundo da pós-verdade, para escaparmos à torpeza vil do negacionismo, temos de somar à discussão aberta de uma razão pública, à lucidez da consciência histórica e à vontade de viver em e pela comunidade uma educação libertadora comprometida com a vida, a verdade e a justiça”.

A obra pode ser adquirida no site da editora, em e-book. Em breve estará disponível em livro físico.

PUCPR sedia encontro da Rede Global de Teologia Pública

Após três anos e superando os números alarmantes de casos de COVID-19, a Rede Global de Teologia Pública se reuniu novamente. A sexta Consulta do GNPT acontece na Pontifícia Universidade do Paraná, em Curitiba, Brasil, organizada pelo Programa de Pós-Graduação em Teologia da Escola de Educação e Humanidades, de 03 a 06 de outubro. O evento que acontece de modo hibrido, reúne 77 pessoas online e 73 no presencial. São teólogos, teólogas e estudiosos das religiões de várias faculdades e universidades dos quatro cantos do mundo, que estão na capital paranaense para pensar a “Teologia Pública em cidades vibrantes: preciosas e precárias”, como indica o tema do evento.

Primeiro dia

Os participantes, antes do início oficial do evento, puderam visitar, na segunda-feira, 5 organizações comunitárias que realizam trabalhos sociais relacionados ao combate à pobreza, racismo e sexismo, além de promover valorização cultural, direitos humanos, políticas públicas, alternativas econômicas e a superação do abuso de álcool e outras drogas. Segundo os organizadores, a visita e os locais foram escolhidos para que os participantes tenham um primeiro contato com as comunidades brasileiras que possam enriquecer e contextualizar suas percepções locais. Como itinerário pedagógico, ver a realidade a partir da qual os brasileiros vivem sua fé, suas lutas e produzem teologia.

Quilombo Restinga, Lapa-PR.
Territórios sociais, São José dos Pinhais-PR.

Além das visitas, o primeiro dia contou com uma Celebração Inter-religiosa com a presença de lideranças católicas, luteranas, umbandistas, judaicas, islâmicas e budistas. A abertura do evento reuniu representantes da universidade: Prof.ª Dra. Maria Cecilia Barreto Amorim Pilla (Coordenadora do Congresso Humanitas), Prof. Dr. Cesar Candiotto (Decano da Faculdade de Educação e Humanidades), Prof. Dr. Rudolf von Sinner (Presidente da GNPT e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Teologia), Ir. Rogério Mateuci (Reitor da Universidade) e D. José Antônio Peruzzo (Arcebispo Metropolitano e Grão-Chanceler da PUCPR).

Celebração Inter-religiosa.
Celebração Inter-religiosa.

Segundo e terceiro dia

As manhãs dos dias 04 e 05 foram dedicadas para as comunicações nos Grupos de Trabalho. Os 130 (72 presencial e 58 online) pesquisadores e estudantes puderam apresentar seus estudos. Foram cerca de 115 trabalhos, que devem serem publicados futuramente.

A professora e arquiteta sudanesa Amira Osman da Universidade de Tecnologia de Tshwane foi a principal palestrante do segundo dia. Osman apresentou “O rio, a cidade e um sonho: imaginários urbanos africanos” falando das cidades africanas como locais de incrível criatividade, que se organizaram e se diversificaram ao redor de espaços e lideranças religiosas, mas para além das narrativas dominantes, encontraremos iniciativas que apontam para um futuro alternativo onde o foco está na descentralização, e nos sistemas locais de inovação, ao invés dos interesses do grande capital. Na África do Sul, a crise de COVID-19 mostrou isso: muitas vezes um centro religioso foi o principal espaço de acolhimento de migrantes, e estes desempenharam um papel vital durante a pandemia. O público pode reagir as colocações de Osman em painel conduzido por Stephan de Beer, e com a colaboração de Katie Day, Murray Rae e Charlene van der Walt. O segundo dia finalizou com o Encontro de Negócios.

Amira Osman e Stephan de Beer.
Encontro de Negócios.

O professor e filósofo irlandês Richard Kearney do Boston College participou de modo online com a palestra “Cidades e Tendas”, a partir do episodio bíblico do encontro de Abraão com os estranhos em Mamre, refletindo sobre as leituras judaicas e cristãs das relações divino-humanas e questionando como uma hermenêutica tão abraâmica de hospedagem se aplica à questão social e política da moradia e dos sem-tetos hoje. Um rico debate se desenvolveu após a reflexão de Kearney, conduzido por Prof. Dr. Jefferson Zeferino, com a colaboração de Pauline Kollontai e Robert Vosloo.

O dia finalizou com um jantar celebrativo de 15 anos da GNPT, onde os pioneiros, como Clive Pearson da Universidade Charles Sturt (Austrália), Nico Koopman da Universidade de Stellenbosch (África do Sul), Sebastian Kim do Seminário Teológico Fuller (USA) e William Storrar do Centro de Inquérito Teológico (USA), puderam partilhar, com a mediação da A prof.ª Esther McIntosh do Centro de Religião na Sociedade (Reino Unido), os desafios e conquistas na construção de uma rede de instituições de ensino e pesquisa realmente global, bem como suas esperanças para os próximo ano.

Palestra de Richard Kearney
Painel com Jefferson Zeferino, Pauline Kollontai e Robert Vosloo.

A reunião terminou esta quinta-feira, o programa incluiu uma última reunião dos Grupos de Trabalho. À tarde, o professor ucraniano Cyril Hovorun, da Universidade de Estocolmo, proferiu a palestra “Sinfonia com a Sociedade Civil”, demonstrando os perigos das relações Igreja-Estado, especialmente desde a recente guerra na Ucrânia. Em vez disso, Hovorun enfatizou uma sinfonia entre a Igreja e a sociedade civil como uma alternativa para evitar o apoio ao autoritarismo. Rudolf von Sinner passou o pano de batik indonésio, símbolo do GNPT, para os anfitriões da próxima Consulta, o Seminário Fuller em Pasadena, EUA.

A última palestra “Ruas, Esquinas, Florestas, Aldeias, Terreiros: Dobrando Teologias Cristãs a Outros Encantamentos” foi ministrada pelo professor brasileiro do Seminário Teológico União, Prof. Cláudio Carvalhaes, que mostrou as intersecções entre o quilombo, a floresta e o terreiro, suas divindades, encantamentos, artefatos litúrgicos sagrados, gestos e saberes, e como eles criam desafios fantásticos às teologias cristãs.

Fuller Seminary receives the Indonesian batik cloth.
Curupira like a Cláudio Carvalhaes.

Na sexta-feira pela manhã, como atividade opcional, os participantes poderão visitar o Memorial Marista e o Museu do Holocausto na manhã de sexta-feira.

O humanismo cristão deKarl Barth:uma teologia pública?

Jefferson Zeferino (PUCPR)

Rudolf von Sinner (PUCPR)

Resumo: Karl Barth é reconhecido como um dos mais relevantes teólogos do século XX, contribuindo com obras que impactaram o mundo teológico de seu tempo. Por meio de uma análise bibliográfica, o presente texto faz uma leitura de Barth como um clássico cristão que pode ajudar a pensar a condição humana hoje. Com base em critérios públicos de argumentação, elabora-se um exame de sua proposta de humanismo, considerando-a dentro de sua tradição reformada na relação com Calvino, na escuta atenta de pertinentes comentadores, bem como na análise de fontes primárias. A partir de aspectos de sua antropologia teológica, destaca-se um humanismo cristão que pensa o humano em sua co-humanidade e suas relações desde uma ética de gratuidade e responsabilidade. Neste sentido argumentamos que Barth pode ser compreendido como teólogo público.

Palavras-chave: Karl Barth, Teologia Pública, Humanismo Cristão, Co-humanidade, Ética da Graça.

Texto completo aqui.

Jefferson Zeferino, PUCPR: Doutor em Teologia. Professor Colaborador do Programa de Pós-Graduação em Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná por meio do Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD/CAPES).

Rudolf von Sinner, PUCPR: Doutor e Livre-Docente em Teologia. Professor do Programa de Pós-Graduação em Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Sinner participa de evento em Heidelberg

O Centro de Estudos Ibero-Americanos de Heidelberg (HCIAS) promove o evento “HCIAS Public Lecture”, na terça-feira, 3 de maio, às 11h15 (horário de Brasília). O convidado é o Prof. Dr. Rudolf von Sinner (PUCPR), que falará sobre a Pandemia religiosa no Brasil. O evento está acessível online via zoom.

HCIAS Public Lecture
Terça-feira, 03/05/22, 11h15 (horário de Brasília)
Pandemic Religion in Brazil – socio-political perceptions and public theological reflections
Rudolf von Sinner (PUCPR)
Link: https://zoom.us/j/92322213492?pwd=eUdINnBzVTh2NzZGdEMxaVhPQlBFZz09

About HCIAS

HCIAS | reprodução

O Centro de Estudos Ibero-Americanos de Heidelberg (HCIAS) é uma instituição de pesquisa da Universidade de Heidelberg fundada em 2019. O HCIAS aborda questões interdisciplinares relacionadas à América Latina e Península Ibérica, bem como regiões com que estão ligados histórica ou socioeconomicamente, como o Mediterrâneo, o Caribe, a América do Norte e a Ásia.

Veja mais em https://www.uni-heidelberg.de/hcias/index.html

Unida de Vitória recebe Rudolf von Sinner

O Prof. Dr. Rudolf von Sinner participou de encontro da Cátedra de Teologia Pública da Faculdade Unida de Vitória. A atividade dirigida pela Profª. Dra. laudete Beise Ulrich pelo Prof. Dr. José Mário Gonçalves aconteceu em outubro de 2021. Nesse encontro o Sinner expôs seu texto: “Teologia Pública no Brasil: procurando sua voz em diálogo com o contexto e tendências“. A gravação está disponível no canal da Faculdade Unida no Youtube.

woman wearing pink and black scoop neck t shirt and black pants standing in front of train in train station

A Teologia Pública de Rudolf von Sinner

O que é teologia pública? Perguntamos a Rudolf von Sinner. Ele nos dirá que há muitas definições. Mesmo assim, os teólogos públicos podem se reunir e se concentrar em questões importantes que confrontam a esfera pública.

O teólogo brasileiro Rudolf von Sinner preside o Comitê Executivo da Rede Global de Teologia Pública (GNPT). Atualmente, o GNPT lançou uma chamada de artigos para sua próxima 6ª conferência internacional, de 3 a 6 de outubro de 2022, sobre “Teologias Públicas em Cidades Vibrantes: Preciosas e Precárias”, em Curitiba, Brasil.

Texto original publicano em Patheos.com por Ted Peters.
Nesta série Patheos estamos perguntando:  o que é teologia pública? Entrevistamos vários teólogos públicos conscienciosos que são apaixonados pelo bem comum. Conheça Katie DayBinoy Jacob, Robert BenneNoreen HerzfeldPaul ChungKang Phee SengMwaambi Gideon Mbûûi e Karen Bloomquist. Nossa noção de trabalho tem sido esta: a teologia pública é concebida na igreja, aperfeiçoada criticamente na academia e entrelaçada com o mundo em prol do bem comum do mundo.

Como você e a Rede Global de Teologia Pública definem “Teologia Pública”?

RUDOLF VON SINNER: Não há uma única definição de teologia pública em sua definição conceitual e contextual. Tem havido bastante discussão sobre isso. Perguntando: “o que é teologia pública?” ocupou os primeiros números do International Journal of Public Theology, periódico fundado por e em conjunto com a Rede Global de Teologia Pública (GNPT) em 2007.

Na verdade, é uma discussão contínua. Portanto, sempre falo de “uma” e não de “a” teologia pública. O que, de alguma forma, todos compartilhamos entre aqueles que usam o termo é uma preocupação com o papel e o lugar da religião e da teologia na esfera pública. Entendemos a esfera pública como o espaço em que a opinião e a posição pública são formadas e debatidas, nomeadamente através de organizações da sociedade civil, entre elas as igrejas cristãs.

Eu mesmo foco na teologia pública como teologia da cidadania no Brasil. Eu entendo a cidadania não restrita a uma nação, a um país específico. Pelo contrário, um cidadão tem direito e consciência de direitos e deveres, bem como acesso efetivo ao reconhecimento, proteção, saúde, educação, lazer e afins de acordo com tais direitos humanos e fundamentais. A cidadania é, portanto, um conceito inclusivo e não exclusivo.

A teologia pública também analisa criticamente a presença factual das religiões, principalmente das igrejas cristãs, em esferas públicas específicas. O teólogo público discute a relevância de tal presença e orienta construtivamente tanto as igrejas quanto as autoridades estatais sobre tal presença. O teólogo público oferece contribuição (e não imposição) de dentro da sociedade civil, estando em constante diálogo com outras religiões, outras associações da sociedade civil e a academia. Como recursos, o teólogo público colhe tanto a Escritura quanto sua tradição e interpretação ao longo dos séculos e uma interpretação interdisciplinar da sociedade contemporânea em um contexto global.

Curitiba, 3 a 6 de outubro de 2022. O que a Rede Global de Teologia Pública realizará?

RUDOLF VON SINNER. A conferência de Curitiba tem como tema principal “Teologias Públicas em Cidades Vibrantes: Preciosas e Precárias”. Conforme declarado no site da Rede Global de Teologia Pública, a lógica por trás do tema é que “As cidades vibram, brilham, ressoam”. São vibrantes, dizem as brochuras turísticas – animadas, ou seja, interessantes para quem procura boa comida, vida noturna e entretenimento. Mas muito mais do que isso, a vida pública está vibrando. O que essas vibrações significam? Que tipo de vibrações estamos sentindo? A quais estamos sistematicamente fechando nossos sentidos?

As cidades são preciosas e precárias. Eles representam o precioso: criatividade, mobilidade, som, cor, construção, organização, interação. Mas eles também apresentam o precário: pobreza, engarrafamentos, barulho, poluição, destruição, caos, exclusão. Uma diversidade de públicos, de interesses, de crenças, de necessidades, de anseios e pertencimentos emerge das cidades.

Assim, ao ampliar nossa compreensão sobre públicos e teologias, ao apreciar a preciosidade e descobrir a precariedade, ao perceber que há preciosidade no que se considera precário e que há precariedade no que se considera precioso, acreditamos que pode haver uma análise mais completa das ambiguidades das cidades e o papel crítico e construtivo que a teologia pública pode desempenhar neste contexto.

Pela primeira vez, esta 6ª Consulta do GNPT trabalha com 14 Grupos de Trabalho aprovados pelo Executivo, ao abrigo de um dos quais um documento pode ser submetido para apresentação na Consulta. Entre eles estão grupos que abordam migração, cidades na Ásia, habitação acessível e sustentável, educação teológica em cidades futuras, gênero e sexualidade, ecologia, digitalidade, Dietrich Bonhoeffer, teologias políticas e públicas e assim por diante (para uma lista completa com nomes e afiliações dos coordenadores e uma breve descrição ver o site mencionado).

A Chamada de Trabalhos e Inscrições

RUDOLF VON SINNER. A Chamada de Trabalhos está aberta até 01 de março de 2022. Uma proposta pode ser enviada (aqui) de acordo com as normas estabelecidas na Chamada de Trabalhos por e-mail para gnpt2022@pucpr.br. Cada submissão será então avaliada pelos respectivos coordenadores do Grupo de Trabalho e uma decisão e/ou considerações serão enviadas ao candidato até 20 de março de 2022.

As inscrições abrem no dia 01 de abril, online, quando a taxa de conferência de EUR 150,00 (R$ 150,00 ou equivalente para latino-americanos) deve ser paga para confirmar a inscrição. Estamos cientes de que, embora para alguns seja uma quantia bastante razoável, em muitas partes do mundo é uma quantia alta; o solicitante poderá, assim, sinalizar quanto pode pagar e isso será analisado e decidido pelo Executivo. A Consulta será realizada no Campus da Pontifícia Universidade Católica do Paraná em Curitiba e será transmitida apenas para os inscritos que desejarem participar remotamente. Trata-se, portanto, de um formato de conferência híbrido. Para qualquer dúvida, entre em contato com gnpt2022@pucpr.br . Bem vinda!

Conclusão

TED PETERS DE NOVO. O teólogo público não pode deixar de jogar vôlei conceitual. De um lado da rede está a globalização. Do outro lado da rede está a contextualização. Em 1979, a World Future Society cunhou a frase operativa “pense globalmente, aja localmente”. Von Sinner pensa na vibração das cidades ao redor do mundo. No entanto, ele também reconhece essa avaliação e ação local e contextual. teólogo público de Princeton, o falecido Max L. Stackhouse, tentou formular a preocupação.

“A globalização, entendida em seus significados mais complexos, poderia ser “para o bem” – tanto duradoura quanto para o bem-estar humano. Poderia promover uma civilização global altamente pluralista com maior perspectiva de paz com justiça. Em última análise, no entanto, é improvável que isso aconteça a menos que encontre seu foco em Cristo como Senhor, pois Cristo é aquele que tem e pode sempre renovar a aliança entre Deus e a humanidade e apontar as almas para a reconciliação com Deus e o próximo, e as sociedades covardes uma Nova Jerusalém.”

Agora, prefiro o termo, planetização, ao invés de globalização. Mas, isso não vem ao caso.

Acredito que a visão do bem comum do teólogo público inclui o princípio da subsidiariedade. O bem do indivíduo e o bem do contexto local devem permanecer em interação dialética com o bem comum geral. Vemos essa dialética na obra de Rudolf von Sinner e lhe agradecemos por isso.

Pandemic Religion in Brazil—Temptation and Responsibility

Rudolf von Sinner (PUCPR)
Jefferson Zeferino (PUCPR)

Religious incidence in Brazilian public space is a widespread fact that has been gaining new visibility in pandemic times. Responsibility in liminal situations represents specific theological hermeneutics, as well as what matters for the respective religious agents. Thus, based on a bibliographical review connected to an analysis of websites, this article aims to reflect on the current Brazilian context, the challenges to doing theology in Brazil today and points to some possible responses. “Pandemic religion”, as we call it, is the synthesis of theologies and religious practices that legitimise irresponsible approaches to life, vulnerabilising the other instead of assuming care-based ethics. Firstly, we briefly describe current theological trends, followed by an analysis of the Brazilian scenario by way of three representative scenes of public religious incidence that reflect a lack of responsibility in view of the pandemic challenges caused by COVID-19. Subsequently, we look back into history for alternative responses to public health crises that required theological positioning. In a Brazilian perspective of a public theology, we finally reflect on a responsible ethics that may help respond to the current challenges, particularly for pandemic religion.

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Ver artigo: https://www.mdpi.com/2077-1444/13/1/58/htm