O sentido do sacrifício
Bianca Vicêncio Leis PUC-Campinas)
Glauco Barsalini (PUC-Campinas)
Resumo: Se Jesus Cristo é o Messias, a redenção ocorreu desde o evento da Paixão e, por isso, não se justifica, em toda a cristandade, a reprodução da violência mimética. Mas se, de fato, o cristianismo é libertador, porque o universo cristão persiste na violência, aliás, para muito além dos limites do próprio ritual sacrificial realizado em diversas sociedades não secularizadas? Qual é a razão da reafirmação dos estereótipos – e da criação de novos estereótipos – e, com isso, da disseminação do preconceito, ambiente no qual o sacrifício cede espaço para a vingança cada vez mais ampliada, que aflui para a generalização? Em linguagem teleológica, por que, apesar da salvação por Jesus Cristo, o mal permanece no mundo? O pensador francês René Girard traz luzes acerca desta temática. A partir de sua obra, e referenciado pelas questões aqui anunciadas, o presente artigo perscruta o esquema do bode expiatório e a interpretação girardiana acerca do mal associado à violência, bem como da salvação, vinculada ao evento histórico da morte de Cristo.
Palavras-chave: sacrifício, mal, salvação, violência, bode expiatório.
Texto completo aqui.
Bianca Vicêncio Leis, PUC-Campinas: Mestranda em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Contato: bianca.vccleis@hotmail.com
Glauco Barsalini, PUC-Campinas: Pós-Doutor em Teologia pela Loyola University Chicago, Doutor em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas e Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião e da Faculdade de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de Campina (PUC-Campinas). Contato: glaucobarsalini@gmail.com