A teologia pública entre pluralidades e contextualidades: uma contribuição protestante

Jefferson Zeferino

O presente texto trata da teologia pública como possível linguagem para um contexto de pluralismos, globalização, diversidade cultural e religiosa. Por meio de uma apresentação introdutória acerca da teologia pública, dialoga-se com a formulação de Ronaldo Cavalcante com o intuito de contribuir à sua proposta de uma teologia pública protestante. Efetivamente, a potência supraconfessional da teologia pública demonstra-se como adequada abordagem de um contexto plural, podendo haurir livremente das tradições religiosas, como a protestante.

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As igrejas no espaço público – rumo a uma teologia pública com enfoque na cidadania

Proferida como conferência na I Consulta Internacional Geminada sobre Reforma – Educação – Transformação, desenvolve reflexões sobre a presença de igrejas cristãs no espaço público, especialmente no Brasil mas também com um olhar para os recentes acontecimentos no mundo. Enxerga esta presença como positiva, ambígua ou nefasta. Defende a importância da substituição de qualquer decreto fundamentalista por um discurso também racional, cujos argumentos podem ser testados e contestados e que, assim, lembrando a teoria de Habermas, tem caráter emancipatório. Retoma as distinções de Paulo Freire, quem defende uma igreja profética. Refere-se também a Hugo Assmann, quem defende uma teologia da solidariedade e da cidadania como continuação da teologia da libertação. Por fim, desenvolve, na base de uma teologia luterana, mas de modo algum exclusiva, uma teologia da cidadania pautada pela dignidade humana, a confiança, a perseverânça no meio da ambiguidade, o serviço e do ser cidadão cristão sobre dois regimentos distintos, porém não separados.

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Teologia Pública no Brasil: um primeiro balanço

Rudolf von Sinner

À luz de desafios atuais presentes no espaço público brasileiro, a discussão sobre a presença de crucifixos em tribunais gaúchos e a atuação de políticos evangélicos no Congresso, o artigo propõe-se fazer um primeiro balanço da reflexão sobre uma teologia pública no Brasil. Assim, procura responder à pergunta “o que é teologia pública?” não de forma definitória, inequívoca, uniformizante. Antes, mostra uma variedade de origens do termo e de oportunidades, bem como de perigos contidos neste conceito. Num primeiro passo, o artigo apresenta quatro linhas de abordagem presentes na emergente discussão brasileira. Em seguida, recorrendo ao sul-africano Dirk Smit, mostra a diversidade de origens e usos do conceito em várias partes do mundo. Por fim, procura evidenciar a pertinência e o potencial de uma teologia pública no Brasil – com ousadia e humildade.

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Teologia Pública Novas Abordagens numa Perspectiva Global

Rudolf von Sinner

A religião não abandonou a esfera pública, mas continua desempenhando um papel nela, ainda que seja um papel ambivalente e cambiante. A teologia pública pretende oferecer orientação para uma contribuição crítica e construtiva das igrejas na esfera pública que procure evitar tanto excesso quanto insuficiência. Como exemplos de contribuições bem-sucedidas e malsucedidas se enfocam principalmente o Brasil, a África do Sul e a Escócia e seus teólogos reformados. Com a fundação da Rede Global de Teologia Pública em 2007, promovida principalmente por esses teólogos, inaugurou-se uma nova rodada de exploração do conceito de teologia pública e de suas implicações “glocais” [globais + locais]. O artigo entende a teologia pública, em tese, como confissão franca, explicação da missão da igreja, à qual ela permanece vinculada, orientando-se, ao mesmo tempo, pela cruz e sendo, por isso, quenótica; trata-se, por fim, de uma teologia preocupada com o bem-estar da comunidade muito além de suas fronteiras.

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Teologia pública, Brasil, África do Sul, teologia reformada, missão da igreja