A proposta de uma teologia pública da saúde visa o diálogo entre antropologia teológica e antropologias médicas e da saúde de modo a ampliar a percepção da saúde, não somente como fato, mas como valor. Mesmo um Estado Laico, suas tradições religiosas possuem hermenêuticas de saúde, ao interpretar a doença e a morte com razões religiosas distintas, ora conflitantes, ora cooperativas com as ciências da saúde. Ampliar essas hermenêuticas religiosas compondo a sabedoria de vida presente nas expressões religiosas e o conhecimento científico da área de saúde visa uma cooperação para interesses de bem comum da sociedade civil, como é a questão da saúde. Para essa reflexão, a escola de Cós combina a sabedoria mítica asclepíade e a ciência jônia. Os mitos de saúde nomeados no juramento hipocrático pertencem à tradição da teologia poética grega e indica uma espécie de credo no qual a medicina hipocrática professa, no qual o médico além de profissional também possui fé na vida e exerce o ofício de sacerdote da esperança. Interessa ainda o modo como o a teologia da saúde grega foi recebida pela teologia cristã, e como ambas desconstruíram suas teodiceias. Nessa recepção há um caminho para pensar uma teologia pública da saúde.
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